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Foto do escritorSeminário Nossa Senhora das Dores

Virgem Maria, a Santa Mãe de Deus

Na história da salvação, Deus chamou Maria para colaborar em seu projeto de amor para com a humanidade. A Virgem Maria tem uma participação singular na vida de Jesus e dos cristãos. Mulher de Nazaré, Maria enfrentou as dificuldades socioeconômicas de sua época, permanecendo vigilante e com o coração voltado para Deus. Em sua condição humilde e temente ao Senhor, Maria é a porta que nos faz adentrar no mistério salvífico de Cristo.

Por meio do “sim” de Maria, Deus se revelou na vida concreta do povo: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). O fiat de Maria tornou-se salvação na vida e na história dos perseguidos e abandonados. O Espírito Santo fez morada e habitou na humilde jovem de Nazaré, tornando-a mãe de Jesus Cristo, o Messias aguardado por gerações. A presença de Deus no meio da humanidade é a mais bela manifestação do Senhor, pois Ele caminha conosco e está no meio de nós.

O primeiro dia do ano civil é dedicado a Maria, Mãe do Senhor, intitulada e venerada como Mãe de Deus. Nos evangelhos podemos perceber facilmente Maria como mãe de Jesus, mãe do Emanuel e mãe do Messias. No entanto, Maria como “Mãe de Deus” não está explicito nos evangelhos, mesmo João relatando Jesus como Deus (Jo 5, 18; 5,18; 10, 30-33). O Senhor nasce no seio da Virgem Maria, revelando a imagem de Deus e a sua misericórdia para com os abandonados e excluídos.

Desde o início do cristianismo, os cristãos veneram Maria como Mãe de Deus. Ela foi a escolhida para gerar o menino Deus em seu ventre, para que Deus manifestasse a sua glória e salvação entre os homens e mulheres de boa vontade. O título de Maria, Mãe de Deus, foi dado a Maria no ano de 431, no Concílio de Éfeso, respondendo a uma heresia de Nestório que negava a maternidade divina da Virgem Santíssima.

A negação de Maria como Mãe de Deus exclui a divindade de Jesus Cristo. A heresia nestoriana é cristológica, concebendo somente a humanidade de Jesus, e consequentemente negando a sua divindade. Por isso o Concílio de Éfeso afirma a maternidade divina de Maria: a Virgem Santíssima é Théotokos, Mãe de Jesus Cristo, que é Deus, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A Virgem de Nazaré é o ícone do mistério da encarnação, tornando-se a primeira discípula e seguidora do Deus encarnado.

O poder do altíssimo e a graça de Deus alcançou Maria e a tornou Mãe de Deus. Por meio de Maria, a humanidade conhece e faz a experiência com Jesus Cristo. A cada dia é necessário seguir o Senhor e Salvador de nossa vida. Jesus Cristo deve estar e ser o centro de nossa vida cristã. A graça de Deus precisa ser manifestada também em nossa vida, para assumirmos o nosso papel de autênticos seguidores de Jesus no tempo presente.

Que a Virgem Maria, Mãe de Deus, rogue por cada um de seus filhos e filhas que necessita da sua poderosíssima intercessão. Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis!


Cássio Zacchi Lima Simões,

estagiário na Região Pastoral Nossa Senhora das Graças – Boa Esperança


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