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Foto do escritorSeminário Nossa Senhora das Dores

FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA SINODAL

Nos últimos anos, no mundo contemporâneo, logrou-se um paradigma anti-humanista caracterizado pela cultura do consumismo, do descarte, do conflito, do medo, da falta de esperança e de utopia. Por outro, iluminado pela alegria do Evangelho, com sua voz profética, o Papa Francisco tem se esforçado para consolidar uma “Igreja em saída” que nos convida a resgatar a dignidade humana através da arte do encontro, do diálogo e do amor.

Nas encíclicas e exortações apostólicas do Santo Padre, encontramos um projeto político-pedagógico que elucida uma Pedagogia do Movimento que nos dá coragem para ir à busca da Fraternidade Universal. Por exemplo, na encíclica “Laudato Sí” (2015), identificamos um viés Educativo Ecológico Integral que nos faz perceber que nosso planeta “geme e sofre as dores do parto”(Rm 8,22); na exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”(2020), se escuta o “Grito da Terra e o Grito dos Pobres” e procura resgatar a Educação dos Sonhos: Social, Cultural, Ecológico e Eclesial; na encíclica “Fratelli Tutti”(2020), encontramos uma Educação Humanizadora que busca gerar um mundo aberto, com consciência histórica, política e profética.

Impulsionados pela Pedagogia do Papa Francisco, a Campanha da Fraternidade de 2022 convida os professores(as), diretores(as), religiosos (as), enfim, todo povo de Deus e “todas as pessoas de boa vontade” para “promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”.

Como objetivos específicos o texto-base da CF 2022 propõe: “1. Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia. 2. Verificar o impacto das políticas públicas na educação. 3. Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do Reino de Deus. 4. Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino. 5. Incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum. 6. Estimular a organização do serviço pastoral junto a escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos, em especial das instituições católicas de ensino. 7. Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres”.

Para a consolidação dos objetivos supracitados, devemos cultivar o caminho Sinodal tanto frisado pelo Papa Francisco que pode ser entendido como sendo “a Unidade de todos os cristãos”, ou seja, um caminho de “escuta, diálogo e discernimento comunitário”. Ao caminharmos juntos na CF 2022, somos encorajados a vivenciar uma Sinodalidade Educativa que busca: superar o paradigma contemporâneo do “Compro, logo existo” e reavivar o pensamento cartesiano do Cogito Ergo Sum – Penso, logo existo; falar com sabedoria e procurar cultivar a máxima do poeta romano Horácio que diz: Sapere Aude; ensinar com amor, pois conforme pontuado por Paulo Freire (1988): “se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens, não me é possível o diálogo”, ou seja, “não se pode falar de educação sem amor”; cultivar uma educação profética e humanista que nos permite construir um mundo justo, solidário e misericordioso.

JEFFERSON - COMUNIDADE PROPEDÊUTICA SÃO PIO X



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